
O que escrevo, nasce das entranhas...
são verdades tão minhas
como uma paixão avassaladora
que precisa ser exposta, expressa, expulsa.
E é tão necessário que exige que eu busque,
avidamente por um lápis e papel e, assim,
derramando cada palavra,
possa lavar minha alma
e fazer vibrar meu coração.
Não escrevo porque devo,
mas porque preciso;
como preciso de ar e água
como desejo amar inteira,
com fome e ardendo em febre
e o beijo é o remédio,
se não o beijo, a palavra que,
desaguando em versos,
culmina num suspiro.
Carmo Tavares