Vazia de mim estou,
vejo-me á distância.
observo.
sou juiz e plateia.
passeio por minha vida
como estrangeira.
só ao sentir meu corpo,
percebo vida.
os pés se ferem
ao tocarem o agora;
pedras frias e cortantes
lembram ruínas;
lamentos,
são vozes do que restou.
a boca permanece muda
enquanto um universo de sussurros
confundem sentidos e razão.
bloco de gelo à deriva no oceano,
folha levada pelo vento, vou.
e lampejos da alegria de outrora
são sombras,
falsas esperanças,
que adiam que eu passe a tranca
na porta que há de se fechar
por de trás de minha costas.
Este poema se parece comigo....sem mas o q falar..beijo
ResponderExcluirMagnífico! Tem a suavidade e intensidade que é típica de algumas almas femininas.
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