segunda-feira, 19 de março de 2012

Despedida



E eu já estava indo,
quando escolhi
ficar mais um pouquinho...

Impressão de adeus,
impermanência,
tudo o que vivo hoje
é despedida.

Seguindo em frente,
desapegando-me sempre,
pudesse de repente
o minuto ser paralisado
e, assim, o instante,
pudesse ser capturado
para sempre!

E, dessa maneira,
permitisse
um olhar para o presente,
e, então,
ao desfrutar de cada segundo,
ou melhor, cada milésimo de segundo,
sentir, todo o agora entrando...
e eu, sendo absorvida pela vida,
todos os meus poros
da carne e do espírito
se fundindo,
para que, enfim, possa me fartar
do momento vivo,
que antes, nunca percebi ,
embora estivesse aqui
todo tempo aguardando
o despertar.


Um comentário:

  1. Reconheço neste poema o peso das tuas palavras! E, sinceramente, não tenho muitas palavras para comentar aqui, porque o mesmo me traz momentos muito sombrios e tristes... ainda bem que aquele não foi o momento do encontro com a Dama Negra, e quer saber o por quê? Porque o universo precisa muito de ti e eu mais ainda...
    1 beijo celta de amor,

    the Osmar.

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