Ando a esmo,
caminho no escuro,
tateio motivos,
vou!
Matreira e insana, por vezes,
insone, por noites,
caço!
Não estanco segundo,
pesquiso mentiras,
eterna agonia,
sou;
aquela que sabe,
não vê, só reage,
persegue na cega
e vai!
Tropeço, me ergo,
ferida, mas certa,
que há um segredo,
e eu sei!
Questiono desculpas,
não há quem convença,
a vil atitude, por quê?
A runas me contam, duvido, persigo
o que penso absurdo, e não é!
Num sonho, desperto
enfim, descortino a obra
infesta, que vi!
Banhado de sangue,
um pássaro aberto, o peito
pulsando,
Jaz!
Palavras infames!
Entregam às águas,
escondem dos deuses,
Ah!
Não há mais segredos,
liberto pesares,
desato os laços
e sigo!
Erin Berkana